A evolução da Engenharia de Avaliações na última década, é sem dúvida, um fato marcante para a Engenharia Nacional. A aplicação da METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA está na vida da maioria dos avaliadores do Brasil. Palavras como Resíduos, Homocedasticidade, Multicolinearidade, Máxima Verossimilhança, etc, fazem parte dos seus vocabulários cotidianos. Sistemas de Ajustamento de dados foram desenvolvidos, o que muito contribuiu para a prática da metodologia. Falar em inferência estatística aplicada à avaliação de imóveis é sinônimo de modernidade.
Em 1989 a Norma Brasileira para Avaliação de Imóveis Urbanos, NB-502/77, teve a sua revisão concluída, quando recebeu a nomenclatura de NB-502/89, trazendo no seu corpo enormes avanços em relação ao texto anterior, especialmente no que diz respeito aos critérios estabelecidos para o tratamento estatístico inferencial. Contudo, face à evolução ocorrida neste período, merecem certa atenção as condições para enquadramento de modelos de regressão nos níveis de rigor mais elevados.
Ocorre que, nem sempre, bons resultados estatísticos, implicam em modelos satisfatórios para explicar o comportamento do mercado imobiliário, quando a análise não tem a abrangência necessária. Com uma mesma amostra, pode-se ajustar vários modelos “Rigorosos”, que apresentam para um mesmo imóvel, resultados discrepantes. Isto acontece, principalmente, quando se trabalham com variáveis do tipo “dummy”, sem tomar os cuidados especiais. Neste trabalho pretende-se apresentar uma nova metodologia para formulação e estimação destes modelos, que serão denominados de Modelos Especiais.